Rui Leitão - Entrevistado

por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Rui Cezar de Vasconcelos Leitão, conhecido como Rui Leitão, nascido em Patos-PB, atualmente mora em João Pessoa – PB. Em 1968 cursava o curso clássico no Liceu Paraibano. Foi bancário por vinte e três anos como funcionário do Banco do Estado da Paraiba. Ocupou diversos cargos na administração pública, entre os quais: Secretário Adjunto da Industria, Comércio, Turismo, Ciência e Tecnologia do governo da Paraiba; Superintendente do Jornal A União; Superintendente da Rádio Tabajara; Diretor Geral do Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico da Paraíba (IPHAEP); Diretor Presidente da Cia. de Desenvolvimento dos Recursos Minerais da Paraiba; Diretor Nacional de Benefícios do INSS, em Brasília; Secretário de Administração da Prefeitura Municipal de João Pessoa; Superintendente do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa; Atualmente é Coordenador Municipal do PAC em João Pessoa. Já assinou colunas nos portais Paraibaonline de Campina Grande, portalbip, em João Pessoa.

 

“Nosso país é rico em talentos culturais, em especial, na literatura. Há muita gente boa sem oportunidade de divulgar seus trabalhos. A iniciativa desse projeto “Divulga Escritor” vem em direção do atendimento dessa necessidade, mas precisa ser feito muito mais, tanto pelos poderes públicos, quanto pela iniciativa privada.”

 

Boa Leitura!

 

 

SMC - Escritor Rui Leitão para nós é um prazer ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos como surgiu a ideia de escrever seu livro “1968 – O Grito de uma Geração” ?

Rui Leitão - Fui contemporâneo desse momento histórico. Pude testemunhar o quanto foi importante 1968 para a história universal. Um ano em que aconteceu uma verdadeira revolução de mentalidade. Questionamentos, quebra de paradigmas, contestação, faziam com que aquele período  oferecesse um legado cultural e político da maior importância para as novas gerações. Entendi que se fazia necessário reconstruir  a memória da ação revolucionária que caracterizou 1968, onde o inconformismo se manifestava nas expressões culturais, artísticas,  nos movimentos políticos e na presença da juventude nas ruas ecoando o grito de liberdade e de reação contra o autoritarismo, em especial, no Brasil, quando vivíamos uma ditadura militar.

Dediquei-me a um incessante trabalho de pesquisa em jornais da época,  colhendo depoimentos de protagonistas da história, de forma que pudesse, obedecendo a ordem cronológica dos acontecimentos, registrar o quanto aquele ano mítico foi pródigo na produção de novos conceitos, novas formas de agir e de pensar, novos padrões de exercício da política e novos costumes. Procurei colocar a Paraíba no contexto, destacando como os fatos que ganhavam as manchetes no mundo e no Brasil repercutiam em nosso Estado e de como fomos também agentes dessa “onda” inovadora que tomava conta da sociedade como um todo.

 

SMC - Que temas você aborda em seu livro “1968 – O Grito de uma Geração”?

Rui Leitão - Concentrei meus relatos históricos nos movimentos culturais, políticos e o ativismo rebelde da juventude através das manifestações estudantis. Acompanhei passo a passo todos os acontecimentos que culminaram com a edição do AI 5 que tirou a máscara da ditadura militar no Brasil. A juventude nas ruas, os artistas e intelectuais protestando nas letras de músicas, nas peças de teatro, nos filmes, na literatura, nas artes em geral. Os festivais da MPB como cenários de expressão do descontentamento da sociedade brasileira e do seu repúdio à repressão, à censura e ao regime de força que vivíamos na época. O tropicalismo como novidade na produção musical brasileira. A liberação sexual, o feminismo, o combate a homofobia, o antiracismo,  como bandeiras de luta. A Igreja atuando como guardiã dos direitos dos pobres e dos oprimidos pela ação de líderes religiosos, que, com coragem, enfrentavam o poder central. Isso tudo, relatado, no curso do ano, faz com que se compreenda 1968 como um ano extraordinário do ponto de vista das profundas transformações que provocou no mundo inteiro.

 

SMC - Conte-nos em que dia e onde será o lançamento do livro?

Rui Leitão - Estou programando o lançamento em três cidades. No dia 24 de setembro, em João Pessoa, as dezenove horas, no novo restaurante Picuí Praia, no Bessa. Em 03 de outubro, em Campina Grande, no Museu Assis Chateaubriand. E no dia 22 de outubro, em Brasília, no restaurante Carpe Diem, na Asa Sul.

 

SMC - Quais os seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um novo livro?

Rui Leitão - Estou em fase de conclusão de um novo projeto em que produzo textos que têm objetivo de chamar o leitor a refletir sobre os provérbios, as expressões e os ditados populares. Essa coletânea de textos intitulei  “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR”. A intenção é publicar em livro, no início do próximo ano.

Um outro projeto que deverei iniciar sua elaboração em outubro, são crônicas tendo como temas frases inteligentes de letras do repertório musical brasileiro. As mensagens implícitas nas composições nacionais sendo comentadas com um olhar de reflexão, procurando absorver toda uma extensão de alcance do que efetivamente o autor quis passar para o público.

 

SMC - Hoje você é colunista no Portal Wscom, conte-nos como surgiu o início da coluna? Que temas aborda nos seus textos?

Rui Leitão - Antes do Wscom, assinei colunas no Portalbip, em João Pessoa, e no Palavraonline, de Campina Grande. Por convite do jornalista Walter Santos passei a colaborar diariamente com a publicação de textos no seu portal. Em princípio abordava temas políticos, culturais e da atualidade. Depois decidi publicar o meu trabalho de pesquisa que resultou no livro “1968 – O Grito de uma Geração”, e agora com a coletânea de textos que integrarão o livro “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios)”.

 

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Rui Leitão - No resgate histórico de 1968 meu desejo é fazer com que a geração atual possa entender melhor o que se passou naquele ano, num processo de preservação da memória política, cultural e social do nosso país, que a contemporaneidade precisa conhecer .  Há uma boa literatura sobre o tema, mas resolvi inserir a Paraíba no contexto histórico daqueles acontecimentos. Então há também a intenção de alcançar o público paraibano registrando, com orgulho, de que fomos protagonistas daquela “onda” revolucionária.

Quanto aos textos da “Sabedoria Popular”, o público leitor é amplo, pela oportunidade que oferece de provocar a reflexão sobre os ensinamentos que os ditados e provérbios populares nos transmitem. Procura também ter um efeito didático, considerando que, por um trabalho de pesquisa, faço considerações sobre as suas origens.

 

SMC - Onde podemos comprar o seu livro? Já podemos fazer reservas de compra?

Rui Leitão - Estou ainda mantendo entendimentos com livrarias para colocação do livro no mercado. No entanto, os interessados já poderão fazer sua aquisição através dos telefones 083.8801.0902 (Sidartha) ou 083.8887.2228 (Luciana).

 

SMC - Quem é o escritor Rui Leitão ? Quais são os seus hobbies?

Rui Leitão - Sou bancário de origem. Trabalhei por vinte e cinco anos no Paraiban. Exercí vários cargos na administração pública onde pude agregar conhecimentos que me permite ter uma visão macro de gestão estatal. Adquiri gosto pela literatura, por herança de meu pai, Deusdedit Leitão, que foi, em vida, escritor, historiador, pesquisador, genealogista. No lazer gosto dum papo descontraído com amigos, futebol (torcedor do Flamengo e do Botafogo da Paraiba), viajar. Sou uma pessoa simples, ávida em aprender mais a cada dia. Adoro minhas filhas e netos, com quem divido meu cotidiano de felicidade, compartilhando ainda esses momentos com minha esposa e enteada.

 

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário brasileiro?

Rui Leitão - Nosso país é rico em talentos culturais, em especial, na literatura. Há muita gente boa sem oportunidade de divulgar seus trabalhos. A iniciativa desse projeto “Divulga Escritor” vem em direção do atendimento dessa necessidade, mas precisa ser feito muito mais, tanto pelos poderes públicos, quanto pela iniciativa privada. O custo da edição de um livro inibe a produção literária, por absoluta incapacidade financeira do autor em coloca-lo no mercado. Urge a adoção de políticas de incentivo à criatividade do escritor brasileiro.

 

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos a participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Rui Leitão, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Rui Leitão - Em primeiro lugar, agradecer o apoio na divulgação do nosso trabalho. Aos seus leitores deixo uma mensagem de crença na nossa cultura, na convicção de que cada um que acessa esta página na internet, seja um promotor do potencial literário brasileiro, despertando,  não só o interesse na leitura, mas, também, no estímulo ao ingresso  no mundo da literatura, contribuindo com seu talento na produção de obras que enriqueçam nossa bibliografia.

 

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