O Humor e a Escrita - por Silva Neto

O Humor e a Escrita - por Silva Neto

O Humor e a Escrita – Por Silva Neto

Reflexões próprias do Autor

 

Embora tantos já tenham escrito sobre o tema, minhas considerações não são mais do que ilações de um apaixonado pela junção de letras formando frases e ideias abstratas. Essa força imanente que as frases têm difere de opinião.  Para muitos escritores, o humor é essencial para um bom discorrer sobre um assunto, o que para outros a falta de humor, a raiva, a ferida impulsiona os neurônios. Por isso, a poesia, expressão do sentimento, é tão avassaladora nas paixões, quanto nos estados de êxtase, ante a beleza dos fenômenos naturais. Não estou me referindo à escrita humorada, mas, ao estado de espírito do escritor no momento em que ele escreve. Não se justifica, portanto, a desculpa de não escrever porque se estar mal-humorado: O humor por si só escolhe o tema.

Alguns escritores, por exemplo, escrevem melhor quando estão bem-humorados. Outros, ao contrário, quando o mau-humor os atinge; a escolha do tema é essencial em qualquer dos casos. Ninguém descreveria uma cena dantesca se estivesse de bom humor, nem, de mau humor conseguiria descrever bem uma linda paisagem, um momento de alegria, uma cena de amor.

A emoção é uma balança onde pesamos nossas escolhas. E como a vida não é colorida todos os dias, temos que nos acostumarmos com os dias opacos. Só não podemos deixar de escrever, mesmo diante de situações desagradáveis e inefáveis como: perda de entes queridos pela morte ou abandono, comoções político-sociais, catástrofes naturais, desordens financeiras de toda ordem, ou demais coisas que o valha.  O campo é vasto, nossas emoções fluem.

O pensamento corre a vasta imensidão do mundo. Por isso quando escrevemos ou lemos, viajamos. Não existe viagem mais prazerosa do que escrever e ler. Abarcamos o presente, o passado e o futuro quando lemos. “O pensamento é tudo”. Transformar o pensamento em frases é uma arte, a qual depende de talento. O talento é inerente a certas pessoas; não é escolha, é dom, assim como verbalizar com graça, prosear, contar histórias, fazer rimas de improviso, escrever livros e poesias.

Ninguém se aventura a compor sem talento, a escrever um romance sem muita imaginação e criatividade.

Por isso, não existe livro ruim, existe má leitura. As obras são carregadas de emoções próprias, as quais, em muitos casos, não atingem ao leitor. É necessário sentimento análogo para entender o pensamento do autor. Exemplo: Quando se perde um ente querido os familiares choram copiosamente. No entanto, nem todos os presentes choram porque o sentimento da perda não os atinge diretamente. Só aqueles que tenham tido um caso semelhante sentem. Assim, são os livros: contos, crônicas, romances, poesias.  O bom leitor traz para si, quando ler, um sentimento vivido similar. Por isso, ri, chora, se emociona, viaja a lugares onde esteve ou gostaria de estar, nessa viagem que é a leitura. Nós escritores também trilhamos os mesmos passos, porque somos os criadores dessas emoções.   

 

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