O Garotinho - João Bezerra da Silva Neto - in Memoriam

O Garotinho - João Bezerra da Silva Neto - in Memoriam

O GAROTINHO

Na época em que havia Caixeiros Viajantes, o desbravamento comercial do interior era interessante, porque esses exploradores comerciais encontravam situações inusitadas por onde passavam.
Por exemplo: o menino de sete braços era uma das mentiras bem contadas, onde um Caixeiro contava e o outro que seguia atrás confirmava. Um dizia que encontrou estendida em um varal, uma camisa com sete mangas, o outro que passou em uma residência conhecendo a criança dos sete braços, etc.
Minha história s seguir remete-nos ao interessante fato de haver encontrado uma criança de dezoito anos. Certo! Dezoito anos fazendo besourinho e tomando “gagau”. Vejam só isso!
Certa vez, um Caixeiro Viajante chegou em uma casa para oferecer seus produtos, quando escutou um choro vindo de dentro de um quarto da casa. Até aí tudo normal se não fosse a grossura do tom de voz da criança. Ele então perguntou: _Por que aquela pessoa chorava tanto? Responderam-lhe: _ Ela está com fome, moço. _ Não tomou seu “gagau” ainda. O moço ficou intrigado com aquilo, quando, a dona da casa passou com uma mamadeira gigante às mãos. De repente a criança soluçava, dando aqueles enormes goles de se ouvir do lado de fora. O moço, sentindo-se só por alguns instantes, aproxima-se da porta do quarto, e olhou por uma fenda a bela criança, sentada na cama, fazendo besouro toda contente. Era um belo rapaz, de bela barba, musculoso, e sorridente, que, sentado ao lado da mãe, media o dobro dela. O moço retorna ao seu lugar, intrigado com aquilo. Nunca havia visto coisa igual na vida!
A mãe retorna à cozinha para lavar aquela enorme mamadeira enquanto pede ao moço que espere um pouco. Ao retornar, retoma a conversa sobre compras e vendas, quando o moço pede para ver a criança. Ela esquiva-se em mostrar, mas, diante da insistência do moço, acaba deixando. O moço, então, adentra ao quarto, segurando seu relho de dá no cavalo, apresenta-se à criancinha que balbuciava algumas palavras, segura forte em uma das enormes pernas da criança, e tome relho! A criança, gritava, soluçava, com aquele tom grosso na voz enquanto o moço diz: _ Vai trabalhar vagabundo.
Sua mãe por sua vez parte em direção ao moço pedindo-lhe para ele parar: _Não bata em minha criancinha não, Seu Moço, assim ela vai ficar traumatizada.
Terminado o serviço, despediu-se, parte em sua missão.
A criança dá um pulo da cama, falando tudo, pedindo uma enxada para trabalhar e daí pra frente tornou-se produtivo igual a uma pessoa normal.

Moral da história: Ás vezes nós precisamos de umas boas palmadas para acordarmos de nossa inércia.
Gostaram da história?

 

 

 

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