O dia que o WhatsApp parou... - por Rogério Araújo - Rofa

O dia que o WhatsApp parou... - por Rogério Araújo - Rofa

O dia que o WhatsApp parou...

Rogério Araújo (Rofa)

 

O dia 17 de dezembro de 2015 vai ficar marcado na mente de muita gente porque foi o dia em que por ordem judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo, o acesso ao WhatsApp parou por 48 horas, devido a não atendimento de pedido da justiça sobre dados de alguém investigado, e o Brasil e os usuários pagaram por isso.

Confusões judiciais à parte, o que gostaria de refletir aqui é sobre o que causou esse período de suspensão com milhões de brasileiros que usam e abusam desse recurso que se tornou mais que um verdadeiro vício.

Nesse dia o que pudemos observar foram pessoas um tanto assim meio perdidas, sem ter o que fazer, como em uma abstinência de um viciado em alguma droga. Algo até interessante de ser notado num local público, onde normalmente podemos ver todos de cabeça baixa olhando e clicando o celular para checar ou responder mensagens.

O apelidado de “zap-zap” é uma verdadeira evolução na tecnologia tanto pessoal quanto profissionalmente. E até mesmo, porque não dizer, “fofocalmente”. Sim! Muitos usam para esse fim também e contam tudo e mais um pouco sobre os mais variados assuntos, inclusive sobre a vida dos outros...

Assim, com todo esse uso, de repente vem alguém e proíbe o uso ainda que por apenas ou mesmo infinitas 48 horas, é algo com transtornos sem precedentes. E, ainda bem que durou, na verdade, 12 horas, retornando ao normal ao meio dia na mesma data para alegria de todos.

Esse fato nos leva a pensar no quanto nos tornamos dependentes da tecnologia. Da mesma forma quando falta luz, o que pude passar por isso devido ineficiência das companhias elétricas, não podendo fazer nada sem a bendita luz.

É um tal de cair sistema e tudo para. Filas aguardando sem previsão de volta. E todos aguardando sem nem imaginar se irá resolver ou não seus problemas por causa de problemas externos como esse.

A geração que nunca viveu sem essa tecnologia então que é mais dependente ainda. A que já sobreviveu um dia sem, até poderia, mesmo com maior sacrifício do mundo, passar sem ela e voltar aos primórdios de tudo no papel e até máquina de escrever. Embora seja isso inimaginável, mesmo num colapso não impossível de acontecer a qualquer momento.

Hoje em dia mais parece que ninguém consegue viver apenas no “mundo real”, tendo a dependência absoluta do “mundo virtual”. E o que fazer para mudar isso?

Todos vão vivendo sua vida que é mais que invadida pela avalanche de informações que nem dá para respirar e digerir de tanta ao mesmo tempo. É preciso mais que fôlego para isso. E assim todos veem e ainda repassam o que receberam até “fake” que até “mata” artistas por aí afora, como já foram vítimas diversos por aí, que ainda tem de provar que estão vivos para surpresa de alguns.

 Muitos atrás quando a tecnologia não era nem isso tudo que é hoje, a famosa escritora Clarice Lispector disse: “O futuro da tecnologia ameaça destruir tudo o que é humano no homem, mas a tecnologia não atinge a loucura: e nela então o humano do homem se refugia”. Uma grande verdade e parece mais dita nos dias de hoje.

Albert Einstein, do alto de sua sabedoria de gênio, disse algo incrível que mais parece uma profecia: “Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade”. E, em outra frase, sentencia o mau uso da própria tecnologia: “Todo o nosso progresso tecnológico, que tanto se louva, o próprio cerne da nossa civilização, é como um machado na mão de um criminoso”.

Steve Jobs, outro gênio e grande responsável por expandir todo o processo avançado de comunicação, coloca certa culpa mais nas atitudes do que nos meios: “Nós nascemos, vivemos por um breve instante, e morremos. Sempre assim aconteceu durante imenso tempo. A tecnologia não muda muito isso - se é que muda alguma coisa”.

Onde está o mal? Na tecnologia em si ou no seu abuso de tal forma que a torne uma dependência que traz algo malicioso? O próprio ser humano cria as coisas e depois as acusam de o fazer mal, o que na verdade não é bem assim. A culpa é sempre do próprio homem que nem dá limites à sua criação.

Que possamos “dosar” um pouco de toda e qualquer avanço tecnológico que veio para nos ajudar e muito, mas não para ser algo que nos faça mal. Mas isso depende de cada um para que não se deixe dominar por nada disso e sim tome as rédeas da situação para que isso não ocorra.

E quando ocorrer esse hiato com sua interrupção que não cause tantos transtornos se a pessoa souber viver equilibrando a situação.

 

Um forte abraço do Rofa!   

 

 

 

 

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