Marisa Endruveit - Entrevistada

Marisa Endruveit - Entrevistada

A outra parte de meu ser em ‘Duplo espelho’

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

 

Marisa Endruveit, pedagoga pela UNASP. Graduada em Editoração Eletrônica Avançada pelo SENAC-SP. Designer Gráfico, Web Master e Programadora de Jogos Educacionais. Implanta soluções tecnológicas para processos educacionais de Instituições Corporativas, Governamentais e de Ensino. Atua, paralelamente, como Psicanalista Clínica.

 

“Duplo Espelho pode revelar algo ainda não pensado a respeito dos relacionamentos e sobre a jornada de autoconhecimento e aceitação. Pode despertar no leitor a iniciativa de agir proativamente se estiver num relacionamento tóxico que rouba as energias e a vontade de viver. Pode trazer insights para questões ligadas à morte, ao suicídio e aos relacionamentos abusivos. Pode revigorar a esperança de um recomeço apesar da idade e da jornada. Com a leitura, você poderá perceber o que acontece dentro de você e decidir sobre o que for significativo.”

 

Boa leitura!

 

Escritora Marisa Endruveit, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a se dedicar a arte de escrever?

Marisa Endruveit - O gosto pela escrita surgiu desde muito cedo em minha vida. O livro era o “lugar” onde podia assumir o que se passava comigo sem preocupações com o politicamente correto.

No discurso oral, me faltariam as falas. É através da escrita que meus pensamentos fluem sem a imposição de regras e julgamentos. Ela não diz como deveria pensar ou sentir, como me portar, o que vestir, como me apresentar e quanto tempo permanecer falando, barreiras ao meu ver, existentes na exposição oral.

Como uma obra de arte, o livro toca nosso ser, de muitas maneiras responde nossas perguntas e levanta uma série de novos questionamentos. O leitor vai para onde deseja ir, tira suas próprias conclusões de acordo com suas interpretações.

 

O que a inspirou a escrever “Duplo Espelho”?

Marisa Endruveit - Senti vontade de escrever sobre aspectos que permeiam as relações familiares. Trazer para a reflexão condições muitas vezes veladas, dificuldades na comunicação, abusos, mentiras, desejos ambíguos capazes de gerar culpa, causar rupturas, produzir doenças físicas e infelicidade.

Escrever sobre o que acontece quando acordamos do “conto de fadas”, quando sofremos sozinhos e aceitamos o que não deveríamos.

Seria uma forma de instigar o leitor a pensar sobre sua trajetória, seus sentimentos, suas escolhas. Revelar o trajeto do autoconhecimento e da autoaceitação abrindo uma possibilidade de construção de relacionamentos mais felizes e duradouros.

 

Quais critérios foram utilizados para escolha do título?

Marisa Endruveit - Duplo Espelho além de ser um título que instiga a curiosidade, reflete os pensamentos de sua personagem protagonista Jennifer. O duplo revela a dualidade da nossa existência, o nosso querer e não querer, a realidade percebida e a subjetividade, a diferença do olhar, trazendo a brincadeira dos aspectos “duplos” da vida, do existir e da possibilidade do não existir, da vida e da morte sempre presentes, da completude e da falta.

O próprio espelho traz o duplo, a miragem de uma imagem, representando um espaço de reflexos, que nem sempre coincidem com o que vejo, sendo a imagem resultante de uma verdade da qual não se pode fugir.

 

Qual foi a sua inspiração para a elaboração da capa?

Marisa Endruveit - A capa retrata a janela da alma. Jennifer olhando para os diversos personagens que fizeram e fazem parte da sua vida. O quanto alguns são mais nítidos, apresentando-se mais coloridos, vívidos, denotando uma presença mais evidente em sua vida. Alguns em pares, outros sozinhos; retratando a influência das relações, o convívio, ou aspectos únicos e peculiares de uma pessoa.

Foi escolhida uma foto de mulher com características mistas, trazendo as diferenças de raças, como um simbolismo do quanto “os outros” participam na formação do nosso conceito do “eu”.

Ela tem um olhar reflexivo e triste, expondo o anseio por respostas e o peso das consequências de suas escolhas não apenas em sua própria vida como na vida dos seus.

 

Trata-se de uma autobiografia ou autoajuda?

Marisa Endruveit - Não se trata de uma autobiografia. No livro eu retrato a história de vida da personagem Jennifer, apresentando uma grande variedade de experiências, que a levam à muitas dúvidas, perguntas e reflexões, numa coletânea de informações sobre a vivência e dramas de muitas pessoas, não especificamente as minhas.

Duplo Espelho não é um livro de autoajuda. Não tem a pretensão de apresentar fórmulas miraculosas para reduzir a complexidade dos relacionamentos interpessoais, sejam eles motivados nos convívios familiares, sociais ou profissionais. Ele mostra uma personagem que, mesmo em busca do entendimento para seus vários conflitos emocionais, procura novos rumos e, com eles, redirecionar sua própria vida.

 

Por que ler “Duplo Espelho”?

Marisa Endruveit - Porque Duplo Espelho pode revelar algo ainda não pensado a respeito dos relacionamentos e sobre a jornada de autoconhecimento e aceitação. Pode despertar no leitor a iniciativa de agir proativamente se estiver num relacionamento tóxico que rouba as energias e a vontade de viver. Pode trazer insights para questões ligadas à morte, ao suicídio e aos relacionamentos abusivos. Pode revigorar a esperança de um recomeço apesar da idade e da jornada. Com a leitura, você poderá perceber o que acontece dentro de você e decidir sobre o que for significativo.

 

Apresente-nos a obra.

Marisa Endruveit - Durante o processo de divórcio, Jennifer avalia suas escolhas ao longo do tempo. Identifica padrões repetidos da sua família de origem, revê suas crenças e enfrenta suas dores. Repensa seu próprio comportamento e o que sente falta na família. Percebe que o comportamento do sistema familiar é interligado, que pode mesclar suicídio, abuso do uso das drogas e conflitos. Legitima seu discurso na presença do outro e dos pais. Finalmente, encontra seu caminho ao se apropriar da própria vida, deixando de ser vítima e passando a ser autora.

 

Qual a sensação ao ver uma ideia sua materializada num livro?

Marisa Endruveit - É algo indescritível. Uma experiência transformadora de dar forma e sentido a um enredo que vai se construindo aos poucos. Já é emocionante pegar um livro nas mãos e essa sensação se torna ainda mais especial com Duplo Espelho, pois foi escrito por mim.

 

Onde podemos comprar o seu livro?

Marisa Endruveit - No site https://margraphics.com.br/duploespelho/ os interessados podem encontrar os links para a compra do livro no Chiado Books, Livraria Cultura do Conjunto Nacional, Editora Saraiva, Livraria Martins Fontes, Livrarias Curitiba e Livraria da Travessa.

 

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Marisa Endruveit.  Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Marisa Endruveit - Desejo que esse livro possa ajudá-lo a desfrutar de relacionamentos mais significativos, reconhecer e aceitar seu destino como parte de uma multiplicidade de escolhas.

Aceitando quem é, sua sombra, suas limitações, você estará mais preparado para “desidealizar” o outro e viver efetivamente com ele, não mais se esforçando para mudar quem o outro é, para preencher expectativas, carências, inseguranças e anseios.

Que você leitor se lembre sempre, que nessa caminhada o que importa é a imagem que faz de si mesmo. Nem sempre o que falta, realmente falta. E mesmo o que parece faltar, pode ser apenas no olhar. Boa leitura!!

 

 

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