Maria Santos Alves - Entrevistada

Maria Santos Alves - Entrevistada

Nome: Maria dos Santos Alves

Idade: 37 anos

Signo: Balança

Personalidade: Humana; Persistente; Orgulhosa; Saudosista Q.B.; Criativa e uma Sonhadora crónica.

Nasceu em Viseu, ao cair da folha de 1976. Licenciada em Relações Públicas, reside em Lisboa desde 2003. Em Viseu e Lisboa, locais de sua eleição por motivos óbvios reside a essência dos seus poemas, entre o campo e o mar.

Valoriza na sua escrita o ser humano, a vida, a natureza e os sentimentos que tudo conjuga.

No seu currículo conta já com dois livros infantis publicados e três de poesia, sendo um deles um e-book.

“Não ignorem os novos autores, até porque existe no mercado literário imensos novos talentos e que merecem ter a sua oportunidade.”

 

Boa Leitura!

 

SMC - Escritora Maria dos Santos Alves, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a publicar o seu primeiro livro?

Maria Santos Alves -  O prazer é todo meu, Shirley. Aliás deixe-me dar-vos os parabéns pela iniciativa e pelo excelente trabalho que têm vindo a desenvolver com este vosso projecto. O que me levou a publicar o meu primeiro livro? Essa pergunta é dificil de responder, por uma razão simples mas complexa ao mesmo tempo. Complexa, porque mexe um pouco com o meu íntimo, tal como toda a poesia que escrevo. Comecei a escrever em tenra idade, aliás o meu imaginário infantil já escrevia, mesmo antes de saber ler e escrever. Segundo consta eu sempre fui uma criança sonhadora e gostava de inventar cenários e criar histórias, principalmente que envolvessem a natureza. Na minha infância as flores, as árvores, as pedras, todos os animais falavam, tudo era motivo para redesenhar na minha mente. Há medida que fui crescendo, a minha escrita tornou-se mais poética e os momentos comigo mesmo eram passados a escrever poemas que ia guardando na gaveta. Mas a vida prega-nos muitas partidas e por vezes somos atraiçoados pelas necessidades e por termos de submeternos às prioridades da vida e a poesia não se tornou numa delas, deixando de escrever. Estive cerca de quase 11 anos sem escrever um único verso. Em 2011, por mais um acaso da vida, dei por mim agarrada a uma folha de papel e a escrever um poema, seguido de outro e de outro e de outro e foram tantos no espaço de uma semana que comecei a publicá-los em blogs de poesia, nomeadamento num, pertencente à Corpos Editora e assim surgiu o primeiro livro “Palavras ao Vento”. Um livro que não é uma referência poética, mas que para mim, tem o real significado de me ter agarrado novamente à poesia e à escrita. O facto de o ter publicado comprometeu-me com a escrita, no sentido de crescer e melhorar em cada livro que publique.

 

SMC - Que temas você aborda em seus textos poéticos?

Maria Santos Alves -  Os temas da minha poesia abordam essencialmente a alma, a existência, a natureza, a vida, o destino, algum misticismo e o amor. A poesia é no meu ver, a essência da alma no ser e no sentir em constante relação e mutação com o que nos rodeia, razão pela qual eu abordo tantas vezes o mar, as flores, as árvores, a terra e o cosmos.  A poesia é um fruto com muitos sabores e perfumes, é assim que gosto de pensar os meus textos poéticos e espero que seja isso que as pessoas sintam neles.J

 

SMC - De que forma esta construído o enredo de seu livro “Grito Oculto”?

Maria Santos Alves -  O Grito Oculto não me parece que tenha um enredo. É o livro com o qual faço um pacto com a palavra, onde tento através da prosa poética e poemas, evidenciar a minha essência na escrita. É um livro construído de momentos. Cada poema…um momento. O texto que talvez melhor defina este livro, é o “Porque escrevo? Escrevo por escrever…”, publicado na página 17 do “Grito Oculto”. Todo o conteúdo do Grito Oculto não nasceu para ser livro, são momentos, pequenos gritos da alma, talvez por isso eu prefira pensar nele não como um enredo, mas como vários estados de alma, aliás o que é a poesia se não um estado de alma, por vezes amena, por outras tempestuosa.

 

SMC - O que diferencia o seu livro “Concertos da Alma” de ”Palavras ao Vento, Oscilação dos Sentimentos”?

Maria Santos Alves -  Pergunta difícil. Como já foi referido, “Palavras ao Vento”, foi um impulso que me levou a regressar à escrita e à poesia e é tal como o título o indica: palavras ao vento, e, o vento respondeu trazendo-me a inspiração para o e-book “ (Des)Concertos da alma. Uma pequena crónica poética, elaborada em prosa e verso, que nos fala do sentimento de perca, da solidão, do pacto de amor, da saudade. No e-book (des) concertos da alma, eu redescubro-me novamente na prosa, talvez essa seja a grande diferença: o renascimento da prosa em mim.

 

SMC - Maria, o que a motivou a escrever livros de contos infantis?

Maria Santos Alves -  Os contos infantis são um regresso à infância. São o relembrar constante que nós, adultos, nunca devemos esquecer ou ignorar a criança que há em nós. Todos a temos, eu redescobri a minha quando fui mãe pela primeira vez e devo esse feito à minha filha que está a demonstrar-se tão sonhadora como a mãe. As histórias infantis estão a tornar-se demasiado reais, os pais procuram ensinar demasiado cedo a realidade da vida aos seus filhos, não digo que isso seja errado, até porque eu também sou mãe, mas temos que os deixar sonhar e as histórias infantis devem servir exactamente para isso: para os ensinar a sonhar, ofertando-lhes em simultâneo valores como o amor, a solidariedade, a amizade e não a guerra.

 

SMC - Quais os projectos futuros no mundo da escrita?

Maria Santos Alves -  Neste momento estou a trabalhar em três projectos em simultâneo, o livro de poesia e prosa “ Violinos ao Luar” e num novo desafio que é a escrita juvenil. Este último, que ainda não vou desvendar o título vai ser publicado em dois volumes e é uma alucinante aventura entre o bem e o mal. J Espero conseguir publicar ambos os projectos em 2015. O terceiro projecto é um  romance, o meu desafio pessoal, um projecto a longo prazo, quando tiver que sair se sair, sairá! É uma carta ainda selada, nem eu sei, está nas mãos do destino o desfecho deste projecto que por hora não passa de um desafio pessoal, eu gosto de testar os meus limites, J.

 

SMC - Quais os seus principais objetivos como escritora?

Maria Santos Alves -  Considero-me uma escritora ainda em fase de maturação, ou seja, ainda estou a experimentar, a degustar as palavras e as suas formas de escrita, quero passar por todos os estágios, por todos os géneros. Quero sentir, não só pela opinião dos meus leitores, mas por mim, que estou a evoluir, que não parei no tempo. Não tenho pressa de chegar a nenhuma estação, não quero atingir nenhum título, nem nenhum prémio, quero simplesmente sentir-me bem com o que escrevo e tentar ofertar aos leitores que me quiserem ler e acompanhar um estado de alma comum, fazendo-os sentir aquele momento, como se as palavras escritas tivessem pulsação, respiração, cor, perfume, vida. Quando isto acontecer, então, enquanto escritora e poeta atingi o maior objectivo de todos.

 

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

Maria Santos Alves -  No caso do Grito Oculto, pode ser adquirido através do site da Chiado Editora, em várias livrarias do país com quem a editora tem parceria e nos sites com venda on-line como é o caso da Fnac, Bertrand, Wook. No caso dos livros infantis, estes podem ser encomendados nos mesmos sites de venda on-line acima referidos, e/ou através da Editora Vieira da Silva e nas várias livrarias do país com quem a editora tem parceria. Os interessados poderão ainda contactar-me através de e-mail ou da minha página de facebook e eu enviarei um exemplar por correio.

 

SMC - Como você vê o mercado literário em Portugal?

Maria Santos Alves -  O livro não é considerado um bem  de primeira necessidade, é extremamente caro para o leitor e para o autor. Este mercado como qualquer outro é uma selva, sobrevivem os mais fortes e os mais astutos. Tenho ainda pouca experiência neste campo, por isso, talvez não seja a pessoa indicada para avaliar esta situação, mas pelo que me tenho vindo a aperceber pela minha pouca experiência e pela experiência de pessoas que vou conhecendo, o mercado literário é um mercado ingrato. Há poucas editoras, embora comecem a surgir agora algumas alternativas; há muitas novas promessas nesta área que querem ver os seus trabalhos publicados e há pouca procura por parte das livrarias de novos autores. Os novos autores têm de ser polivalentes, isto se quiserem ver o seu trabalho divulgado e promovido, não podem, nem devem contar somente com as editoras para esse efeito. Devem escrever o livro e aprender a auto publicitarem-se, o que, no meu ver é um contrasenso, eu pessoalmente, ainda não aprendi a fazê-lo, é muito dificil promovermo-nos a nós próprios, sem que sejamos considerados uns egocêntricos, principalmente na área da escrita.

 

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Maria dos Santos Alves, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Maria Santos Alves -  Para lerem, para lerem muito. Para um escritor,  principalmente para aqueles que ainda não se consagraram como tal é de extrema importância serem lidos, criticados com bem senso, sentirem-se abraçados pelos leitores. Os bons amigos não são os que nos dão palmadinhas nas costas, são os que nos ajudam a crescer e a encontrar o caminho certo e penso que é isso que um escritor espera de um leitor.

Todas as pessoas são livres de dar a sua opinião, desde que seja uma opinião construtiva, no que me toca, gostava muito de ter esse feedback da parte de quem me lê e podem sempre fazê-lo através do meu e-mail: mrg_santos@hotmail.com ou através da minha página de facebook.

Não ignorem os novos autores, até porque existe no mercado literário imensos novos talentos e que merecem ter a sua oportunidade.

 

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