Lígia Beltrão - Colunista

Lígia Beltrão - Colunista

 

Nasci em Tupã-SP em 1957, filha de pais pernambucanos, logo voltamos para nossa terra, fixando residência em Garanhuns, que considero minha casa. Hoje, moro na praia de Pau Amarelo- Paulista, região metropolitana de Recife-PE. Sempre gostei de escrever, desde muito cedo. Caminho pela poesia, contos e crônicas. Tive poesias premiadas em alguns concursos nacionais. Fiz uma pausa na vida literária para cuidar do marido doente. Hoje, viúva, tento fazer o curso de ciências sociais e retomei minhas escritas, tenho me dedicado na elaboração de livros, a serem publicados. Agora, com muito orgulho, sendo um dos membros dessa equipe maravilhosa e competente, Divulga Escritor. 

 

Página da Colunista no Facebook

https://www.facebook.com/ligia.beltrao

 

 

Fevereiro de 2014

Ligia Beltrao - Colunista

Desespero - por Lígia Beltrão

Desespero   Oh, Deus! Por que hás de assim testar-me? Se desta vida desgraçada nada tenho Dela nada quero a não ser felicidade E nunca nada pedir-te eu venho?   Que fiz ao mundo? – Pergunto angustiada – Choro triste com a alma torturada, Mas ele se nega brilhando e debochado Nada responde...

Confissão - por Lígia Beltrão

Confissão                                                         Subi aos céus e atravessei o mar Galguei horizontes e do mundo o fim Sei que um dia vamos nos...

Lembrando Um Amor - por Lígia Beltrão

Lembrando Um Amor   Hoje me deu uma saudade de ti E comecei a lembrar-me de nós dois. Durou tão pouco a nossa vida juntos. Eu lembro quando acendias um cigarro E ficava olhando a fumaça dar piruetas no ar. Lembro-me quando sorrias o teu sorriso tímido Tinhas receios de fazer barulho. Lembro-me...

A Próxima Visita - por Lígia Beltrão

A Próxima Visita          Ela atende ao telefone meio sem querer. Anda cansada da mesmice dos dias e a vida já começa a pesar um pouco sobre as suas pernas cansadas de caminhar. Estava ela a descansar um pouco, quando o desgraçado começa a tocar sem parar....

Meu grande Amor - por Lígia Beltrão

MEU GRANDE AMOR   Amor, quando olhares para o céu, E veres entre as nuvens o seu azul Lembrar-te de mim, pensa em mim, Pois te digo: - meu grande amor és tu!   Ao baixares teus olhos tristes Que choram como um mar Meu grande amor lembrar-te de mim Que nunca me esqueço de te...

Buscando - por Lígia Beltrão

Buscando   Felicidade é coisa estranha Para quem em nada acredita Eu, que tenho uma fé medonha Não sofro ingrata desdita Ando com olhos de estrela E falo com luas tantas Que nem sei se sou louca Ou se tenho a audácia das santas.   Felicidade dá tanto trabalho Que...

A Noiva - por Lígia Beltrão

A Noiva   Quis o tempo que de noiva eu me vestisse Não do branco vestido que vesti um dia Mas da vida que no meu peito inteira ardia Fazendo-me eterna assim eu me sentisse   E do olhar que me enlaçava e prendia E das mãos que me acolhiam, chama ardente, Fosse eu perdida de amores, outra...

Nós Perfeição - por Lígia Beltrão

Nós Perfeição   Amo as tuas mãos delicadas Que tiram do meu corpo canções Nas noites pálidas e enluaradas Dentro de nós vibram as emoções   Meus olhos vagam num mar incerto Dos desejos que em meu corpo tremem De pensar em ti de mim tão perto Palavras tontas... Versos que...

A Grande Senhora - por Lígia Beltrão

A Grande Senhora          Eu olhava o seu rosto e sentia uma ternura tão grande. Era como se lesse toda uma vida naquelas linhas que desenhavam vivências e se mostravam agora, desavergonhadas de existirem. Eu conhecia aqueles caminhos de vida quase tanto quanto...

Súplica - por Ligia Beltrão

Súplica   Eu suplico-te: - Larga a correria! Dos dias que passam nebulosos Pra que correr nessa estrada fria De dias agrestes e espinhosos?   Vive a fresca manhã que renasce E acena em paz para cada flor Que a noite pariu tão sorridente No encontro com o dia, fazendo amor.   No...

Afoito Amor - por Lígia Beltrão

Afoito Amor          Casaram-se. Não se sabe até hoje o por quê? - Perguntam todos -. Ela era mulher bonita e fogosa. Alegre, dada, afoita e não sentia medo de nada. Tanto é que, quando aquele forasteiro apareceu e ficou olhando-a admirado, ela encantada, tinha um...

Penitencia - por Lígia Beltrão

Penitência   Ela ia todas as terças-feiras à novena. Os pés descalços Na terra quente da tarde Os olhos baços Pedindo piedade: “Valei-me, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”!   - Por que não te calças? Perguntavam alguns Espantavam-se todos - “vou pagar à Santa uma promessa”! – dizia ela...

O Fogo - por Lígia Bertrão

O Fogo          Vejo-o crepitante, quente e vermelho mostrando a sua presença naquele lugar. A noite é silenciosa e fria. Há um quê de mistério no ar. A boca gulosa abre-se deixando a lenha entrar para fazer-se em brasas. Mostra-se poderoso. Quando está quase a...

O Começo do Fim... - por Lígia Beltrão

O Começo do Fim...          O mundo está realmente muito moderno. Tão moderno que ninguém dá mais atenção a ninguém e isolam-se nos jogos oferecidos, nos papos virtuais etc. Ponho-me a observar as pessoas e noto-as distantes umas das outras. Cada uma absorta no...

Recife dos meus Olhos - por Lígia Beltrão

Recife dos meus Olhos   Estou com uma saudade doída. Daquela que amassa o peito da gente E deixa a criatura assim, meio boba, Sem saber o que pensar. O que dizer. Ai que saudade sofrida!   Estou me vendo na Rua do Bom Jesus Arruando por meu Recife, Sem paradas, Sem rumo...

Sonhar Também Dói - por Lígia Beltrão

Sonhar Também Dói          Quando eu era criança, na casa simples onde eu vivia, os sonhos eram maiores do que eu. O tempo passou, e eu fui acreditando que poderia realiza-los e sonhar outros tantos. Ali, para mim, tudo parecia eterno. Até a própria vida. Aquela...

Confissões - por Lígia Beltrão

CONFISSÕES      Eu te olhava E me perdia de paixão. Navegava na tempestade tua Que me irrigava o corpo Trêmulo de tesão. Entre frases e carícias atrevidas, Nossos desejos sem medidas Expandiam-se pelos ares.   Eu me entregava sem pudor E tuas mãos apertavam Minha pele eriçada, E...

O Homem da Praça - por Lígia Beltrão

O Homem da Praça          Eu tomava o meu café com torradas tranquilamente. Olhava a praça através do vidro, encantada com o burburinho dos pássaros que zoavam do tempo voando livres por todos os lados, quando de repente ele surge. Anda devagar como se nada procurasse. Olha...

Meu Grande Amor - por Lígia Beltrão

MEU GRANDE AMOR   Amor, quando olhares para o céu, E veres entre as nuvens o seu azul Lembrar-te de mim, pensa em mim, Pois te digo: - meu grande amor és tu!   Ao baixares teus olhos tristes Que choram como um mar Meu grande amor lembrar-te de mim Que nunca me esqueço de te...

A Pastorinha - por Lígia Beltrão

A Pastorinha          Ela era peralta até dizer chega. Uma peste. Não pensem que alguém conseguia lhe passar a perna. De jeito nenhum. Ela ia com o seu rebanho de ovelhas para que este pastasse pelas terras enverdecidas de ervas. No saco que carregava às costas, a...

O Choro do Rio

O Choro do Rio          Eu vinha de Coimbra olhando o rio que chorava ao lado da estrada. Um ano atrás ele corria desembalado dando gargalhadas e quebrando-se aqui e acolá, cheio de vida. Era inverno e as águas jorravam felizes pelo leito e sequer sentiam as...

Mulher Partida - por Lígia Beltrão

Mulher Partida          Olho-me no espelho do tempo. Sinto-me fragmentada em milhares de pedacinhos. O rosto que vejo tem traços fincados pela mão da vida mostrando os caminhos percorridos. São tantos! Sorri para mim a criança peralta de cabelos negros e olhos...

Entardecer - por Lígia Beltrão

Entardecer   Queria estar contigo nessa hora Com o coração deslumbrado de luz Vivendo juntinhos – triste demora! Abençoados pelo Divino céu que reluz.   Queria estar nos teus braços agora Perdida, com tua mão atrevida a percorrer, Todo o meu corpo que trêmulo te implora Que a deixe no meu...

Quem Sou Eu? - por Lígia Beltrão

Quem Sou Eu?          Saberei dizer quem sou eu se perguntarem-me? Resposta difícil essa. Vivo os meus dias construindo-me, remendando os retalhos dos quais sou feita e que se não cuidar se esgarçam aqui e acolá, pela fragilidade da vida. Essa vida que trago...

Desbravando os Caminhos de Portugal - por Lígia Beltrão

Desbravando os Caminhos de Portugal          O dia tem preguiça de acordar. Continua, creio, embevecido pela lua cheia e o sol deverá se demorar um pouco mais a admirando, enquanto ela se exibe orgulhosa e despudorada, para que o mundo veja seu brilho de gozo ao...

A Vida e a Verdade - por Lígia Beltrão

A Vida e a Verdade   O trem segue soltando fumaça pelas ventas. Aqui e acolá apita para avisar da sua passagem. Estava vivo! Saudava-o a aragem Segue em frente – dizia o tempo – Será que aguentas?   Vagão cheio. Gente se esbarrando. Palavras soltas. Risos disfarçados. Esperança no ar....

Minha Mãezinha - por Lígia Beltrão

MINHA MÃEZINHA   Quantas vezes, à noite, ainda criança, Acordei ouvindo o teu soluçar Eram suspiros de dor, de desalento e desesperança, Caindo sobre a velha máquina que ia As tuas lágrimas a costurar.   Tantas vezes levantei-me na ponta dos pés E tu nem me vias. Lá ia noite adentro a...

Lembrando Um Amor - Por Lígia Beltrão

Lembrando Um Amor   Hoje me deu uma saudade de ti E comecei a lembrar-me de nós dois. Durou tão pouco a nossa vida juntos. Eu lembro quando acendias um cigarro E ficava olhando a fumaça dar piruetas no ar. Lembro-me quando sorrias o teu sorriso tímido Tinhas receios de fazer barulho. Lembro-me...

Escultura de Amor - por Lígia Beltrão

Escultura de Amor   Esculpo teu rosto Entre minhas mãos Traço por traço. A cada gesto e carícia Faço-te presente E sei cada centímetro Da tua pele. Sinto o teu cheiro. Tudo é aquiescência.   As estrelas cospem fogo Na noite escura E lá, além do horizonte, Que se descortina, Dormes...

Gritos no Silêncio - por Lígia Beltrão

Gritos no Silêncio   O meu coração tinha uma porta fechada, onde a minha alma repousava num silêncio sepulcral. Abrir essa porta era como violentar-me. A minha alma nunca havia sido livre. Eu nunca havia penetrado o meu próprio coração. Que fazer com o fantasma de mim mesma? Eu precisava da...

Os Meus Becos - por Lígia Beltrão

                                            Os Meus Becos  Lígia Beltrão          Lembro os becos da minha infância, cortando a rua ladeirosa em que...

Meu Recife - por Lígia Beltrão

Meu Recife          Dia desses caminhava eu pelas ruas do meu Recife. Tudo era festa. Pisei ali, o seu marco zero, onde tudo começou. Beijado pelo rio Capibaribe e lambido por seu mar morno ele ilumina-se em exuberância. Conta-me histórias. Algumas a perderem-se...

Licão de Economia - por Lígia Beltrão

Lição de Economia           Conheci Pedro Henrique num transporte público. Olhos vivos e acolhedores e falante como poucos. Logo engrenamos uma conversa muito gostosa. Sou de fazer amizades facilmente e estava ali um, que pelo visto, era bem parecido comigo....

Intempéries - por Lígia Beltrão

Intempéries   Deus está sempre me socorrendo. Eu ali, parada, sempre a pedir... O tempo me testa silencioso e insolente Enquanto guardo-me na misericórdia dos dias. Sou (in) deslaçável de mim. Lembro-me dos jardins de rosas O jardim da minha infância Que um dia morreu junto com os meus...

Busca - por Lígia Beltrão

BUSCA          Hoje amanheci me procurando. Não a esta mulher de rosto já vincado, cabelos pintando-se de nuvens e que acha que aprendeu alguma coisa da vida. Não. Busco aquela menina de olhos vivos e brilhantes, que corria pelas ladeiras da sua cidade, com os...

<< 1 | 2 | 3 | 4 >>

 

Conheça outros parceiros da rede de divulgação "Divulga Escritor"!

 

           

 

 

Serviços Divulga Escritor:

Divulgar Livros:

 

Editoras parceiras Divulga Escritor