Farah Serra - Entrevistada

Farah Serra - Entrevistada

Histórias de mulheres brasileiras que se reinventaram pelo mundo

 

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

 

Farah Serra é uma brasileira que há sete anos vive em Gênova, na Itália. Ela é autora do livro técnico Fator Humano da Qualidade em Empresas Hoteleiras, impresso pela editora Qualitymark, em 2002; do conto “Peito de mãe” veiculado na Coletânea Outono Literário – Mulherio Europa Em Verso E Prosa, publicado pela editora Fafalag, em 2018; do conto “Boneca, Não!” na Coletânea #NemUmaAMenos, publicado pela editora Versejar, em 2019. Cooperou na revisão da coleção de livros infantis “Tudo Mudo de Lugar” de Fernanda Zechinatto, publicado pela editora Rafhá, em 2014; e é coautora da autobiografia “O futuro me esperava” de Jeane Pereira, a ser lançado a breve. 

 

“A riqueza das histórias recebidas. A confirmação daquilo que ansiava em mostrar desde o início, de que a vida diária daquelas que ousam se desconstruir para, por conseguinte, se reconstruir é história.”

 

Boa leitura!

 

Escritora Farah Serra, é um prazer contarmos com uma a sua participação na revista Divulga Escritor – especial Mulherio das Letras.  Conte-nos, o que a motivou a ter gosto pela arte de escrever?

Farah Serra - Olá, sou eu quem agradeço a oportunidade! Sempre gostei de ler e escrever. Desde pequena tinha meus diários, na adolescência esboçava alguns contos. Em minha vida acadêmica e profissional, sempre que pude, optei por trabalhos teóricos, que envolviam pesquisas acadêmicas. No fim, deu-se que a própria vida me levou a isso. De repente peguei um desvio e, sem querer, cai em um declive.  Sem saber o que fazer, me agarrei a minha paixão, a escrita.

 

Como surgiu “Fator humano da qualidade em empresas hoteleiras”?

Farah Serra - Na faculdade resolvi aprofundar a minha pesquisa na importância da gestão de recursos humanos em empresas prestadoras de serviços. Neste trabalho reforcei a magnitude das pessoas no sucesso do negócio. O meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) foi eleito entre os melhores do 1º Prêmio FGV – EBAPE/ EMBRATUR para Monografias e Estudos de Casos do Setor de Turismo, Hotelaria e Entretenimento, sendo publicado em 2005 pela editora Qualitymark. Hoje integra referencias bibliográfica de cursos e concursos do setor.

 

 

Apresente-nos a obra?

Farah Serra - No livro “Fator Humano da Qualidade em Empresas Hoteleiras”, abordei dois pontos principais: Qualidade e Capital Humano.

Sabe-se que, em serviços, a percepção do cliente ante a qualidade é vital. Os clientes estão em busca de satisfação de suas necessidades pontuais (comer, dormir...) e os colaboradores são intermediários destes processos, uma vez que entram em contato com os clientes nos chamados: ‘momentos da verdade’. Nestes momentos, os funcionários poderiam ser encarados como a encarnação do conceito abstrato de empresa (marca) em uma figura tangível (funcionário). Ou seja, cada colaborador é a empresa, na mente do freguês. De tal modo, em empresas prestadoras de serviços, não se pode pular dos funcionários (o início do processo) para os clientes (o final).

 

Em 2019, estás lançando “Coletânea Reedificações – Histórias de mulheres brasileiras que se reinventaram pelo mundo.” Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio da edição desta coletânea?

Farah Serra - Esse projeto visa construir algo além de uma leitura prazerosa e incentivadora, objetiva reunir, em torno desse livro, mulheres que tenham interesse em compartilhar vivências comuns de afeto, trabalho, família, vida.

Pretende-se ainda que a Coletânea Reedificações assuma um papel quase social, fazendo com que o leitor, de uma forma despreocupada e de auto identificação, encontre personagens, observe pessoas, faça considerações, avalie o seu mundo, se reconecte com a sua essência de tal sorte que melhore a si mesmo e aumente a sua qualidade de vida.

 

Apresente-nos a obra

Farah Serra - A coletânea Reedificações - Histórias de mulheres brasileiras que se reinventaram pelo mundo, é sobre mulheres que acreditam em si mesmas, que vivem os seus sonhos e os fazem, de um modo ou de outro, acontecer.

A coletânea teve a coordenação e organização de Farah Serra e conta com 33 escritoras. Trinta e três mulheres brasileiras que em algum momento de suas trajetórias precisaram se reinventar perante as imperfeições da vida.

 

Como se deu a sua produção?

Farah Serra - A produção da coletânea Reedificações contou com o apoio de muita gente. 

A editora Fafalag, da Fátima Nascimento, também é independente, então não tínhamos todos os recursos necessários para a produção do livro. Nessa situação me vi diante de um desafio e comecei a buscar meios para a sua realização.

Assim fechei algumas permutas, optei pela autopublicação – no entanto, a editora Fafalag continuou responsável pela coordenação editorial, e criei uma campanha de financiamento coletivo para a produção e pré venda de 200 exemplares. Seria deste jeito que realizaria a coletânea, com amor, parceira, rede de pessoas.

 

Essa estratégia deu certo?  Você conseguiu parceiros para minimizar os custos da produção do livro?

Farah Serra - Sim, assim foi. Firmei uma parceria com a Carolina Machado, do Revisão para quê?, para fazer a revisão. Contei com a ajuda da minha amiga Carla Dipasquale para fazer a ilustração da capa. Fechei com Impact Hub São Paulo, In-Finita e SOS Ação Mulher e Família para nos apoiar na divulgação do livro, pré e pós publicação. Além de importantes apoios na divulgação da campanha de financiamento coletivo, a saber: Grupo Guerreiras Empreendedoras pelo Mundo, Livraria Sabiá, Organização Leve, Plataforma Geni, Plataforma Mães Mundo Afora e da Revista Do outro lado do mundo.

 

Como foi a realização da campanha de financiamento coletivo? A meta foi atingida?

Farah Serra - Em paralelo aos apoios, com todo o suporte e ajuda das escritoras da coletânea, a campanha “Tudo ou Nada” foi lançada em uma plataforma de financiamento coletivo. Em 40 dias arrecadamos um montante de R$ 23.188,00. Com 182 apoios, realizados por 166 pessoas, superarmos em 15% a meta de R$ 20.072,00.

 

O que mais chamou a sua atenção enquanto editava “Coletânea Reedificações – Histórias de mulheres brasileiras que se reinventaram pelo mundo.”

Farah Serra - A riqueza das histórias recebidas. A confirmação daquilo que ansiava em mostrar desde o início, de que a vida diária daquelas que ousam se desconstruir para, por conseguinte, se reconstruir é história.

Outro fato que chamou minha atenção foi como o processo de escrita é importante para compreensão da nossa própria vida, ao mesmo tempo, em que é muito difícil manter a concisão quando falamos de nós mesmos, pois escrever é um infinito questionar-se. Esta foi sem dúvida a maior lamúria das escritoras, colocar em 6500 caracteres com espaços suas reedificações.

 

Onde podemos comprar os seus livros?

Farah Serra - O livro estará disponível em versões Ebook e impressa no Kindle Direct Publishing, da Amazon e no Clube de Autores.

 

Quais os seus principais objetivos como escritora?

Farah Serra - Uh! Que pergunta difícil. Acredito que seja compartilhar histórias, aprendizados, experiências, que emocionam e que nos ajudem a acreditar, a não parar, a viver.

 

Está é uma edição especial para o Mulherio das Letras. Você que é membro ativo, participativo, conte-nos, como você vê a literatura feminina?

Farah Serra - Sim, sou membro, mas atuo mais ativamente no Mulherio das Letras Europa. Tento ao máximo contribuir e participar das atividades que por ali pipocam. Já recebi a autorização ao Mulherio das Letras e muito em breve, assim que terminar a correria da coletânea, criarei o coletivo Mulherio das Letras Itália.

Vejo a literatura feminina como força, expressão, voz, vida.

 

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Farah Serra. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor – especial Mulherio das Letras. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Farah Serra - Escrever é um bem necessário, é uma terapia, pois não só nos ajuda a compreender a vida, como o mundo que nos rodeia. Escrever libera emoções, esclarece confusões, amadurece pensamentos. Afirma nossa visão de mundo e quem somos. Escrever é um ato de amor-próprio. É libertador.

 

 

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