Escolha e seja feliz - por Maurício Duarte

 Escolha e seja feliz

 

Há dois caminhos em termos de espiritualidade real e religiosidade verdadeira.  Você pode ter esperança e acreditar realmente que é uma virtude, que  é uma bem-aventurança e, por acreditar, tornar-se bem-aventurado de verdade.  “O Espírito pousa onde quer”, já disseram. Ou você pode fechar as portas das expectativas e viver e experimentar o aqui e o agora, totalmente, só o presente existe.  E do mesmo modo, receber a benção, iluminar-se.

Em primeiro lugar, se você escolher a esperança, lembre-se que precisa acreditar realmente no arrepender-se e não só isso, você precisa também praticar laboriosamente, todos os dias, o hábito de rezar, orar e, quem sabe, jejuar.  Passo a passo, você irá se habituando a uma nova realidade que desabrochará devagarinho, aos poucos, na sua vida.  O Yoga é desse modo.  O caminho da disciplina, do corpo disciplinado.  Mas não só o Yoga, muitos outros caminhos também vão no mesmo tom.  Muitas tradições exotéricas são dessa natureza.

Já o Tantra não acredita em hábitos.  O Tantra acredita num salto.  Um salto no desconhecido, com confiança.  Mas para ter essa confiança, é preciso antes deixar de lado as expectativas.  E todo tipo de expectativas são alimentadas todos os dias por muita gente.  Expectativa em relação ao dinheiro, em relação ao sexo, em relação à mente, em relação a todo tipo de coisa ou atividade que deve ser jogado fora.  É necessário estar presente no aqui e no agora, sem disfarces, sem meias verdades.  Muitas tradições esotéricas vão nesse tom, não só o Tantra.

Além disso, há o reconhecimento de suas características como pessoa humana.  Porque fundamentalmente as pessoas são contemplativas e recatadas ou extrovertidas e sociáveis.  Em diversos graus e nuances, mas sempre tendo essas duas referências. Um é o caminho da meditação, o outro é o caminho da fraternidade.  Logicamente, os dons são abundantes e diversificados dentro de cada tradição. Mesmo dentro de uma religião basicamente mental, haverá sempre os carismas fraternais e mesmo dentro de uma religião basicamente social, haverá sempre os carismas da meditação.  Não estou dizendo que se deve trocar de religião por uma “incompatibilidade de sistema espiritual”, de modo nenhum.  Aliás, se ocorrer uma mudança nesse sentido durante a vida, fique certo de que o adepto que larga a religião antiga e abraça uma nova, terá que começar do zero, terá que voltar ao estado anterior de quando tinha começado em seu primeiro caminho espiritual. O próprio místico Osho explica em detalhes essa questão.

Tanto contemplativos quanto fraternos podem alcançar a iluminação sem nenhuma vantagem de um ou de outro em qualquer religião ou tradição, dependendo apenas do quão amorosamente está na senda, do quão corajosamente está na senda, do quão sinceramente está na senda.

Portanto, escolha o seu carisma e desenvolva o seu dom. Afinal, todos nós temos dons, a diferença é se estamos ou não dispostos a cultivá-los.  Pois bem, viver é experimentar ao vivo.  Escolha e seja feliz.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

 

 

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