Eduardo Águaboa - Entrevistado

Eduardo Águaboa - Entrevistado

 

Por  Andreia Rodrigues

Conhecendo as Taras de um homem.

 

Eduardo Águaboa nasceu em Portugal. Autor dos sucessos Taras de Lisboa e, mais recentemente, Taras de Luanda. Vive em Lisboa mas considera-se um escritor de toda a lusofonia. É autor, jornalista, publicitário, etc . Um autêntico "homem dos sete ofícios".

Na seguinte entrevista vamos poder ler algumas das ideias do autor que "não se leva muito a sério". Estudou comunicação social e filosofia numa universidade canadiana. O português sente-se algo cansado da passagem dos dias e, como tal, escreve para se aliviar da tesão que lhe invade o espírito cansado do stresse dos dias.

O autor já foi convidado para falar em diversas academias literárias para explicar o conceito das Taras ( primeiro de Lisboa, depois de Luanda). Duas marcas distintivas no homem por detrás do escritor são os óculos escuros e a boina preta ao melhor estilo revolucionário. Aqui a revolução começa com uma pena e um tinteiro.

Este mestre da literatura portuguesa já participou em diversas obras em conjunto com vários escritores iniciantes. Iniciantes ou veteranos, todos os escritores passam pelos mesmos dilemas e angústias.

O autor respondeu a algumas das nossas perguntas:

 

Quando e porquê começou a escrever?

Tirei o curso de c.social no Canadá, com cadeiras de Escrita Criativa e Filosofia. Era uma «queda» de menino, pois aos 5 anos já escrevia crónicas de supostos jogos de futebol e de diários caseiros. Contudo os meus primeiros trabalhos foram como repórter de guerra. Escrever livros só tive tempo uns anos mais tarde, embora me entretivesse a fazer umas coisas publicitárias (slogans e textos).

 

O que sente quando escreve?

Tesão e alívio.  Só escrevo quando estou com a folia toda e há toda uma teia de identidades a rodear-me. Aí trato as palavras como amantes e como filhas. E amo-me na minha desordem de espirito.

 

Como vê a Literatura em Língua Portuguesa?

Com muita admiração e apreço. Há gente a escrever de forma espectacular e a trabalhar a nossa língua de forma maravilhosa. Infelizmente as editoras não apostam neles e depois há um crescendo de outras que exploram vilmente a atitude das tais editoras «consagradas». Editam qualquer porcaria que vem de fora e aí, as tais outras editoras ganham fortunas explorando a vontade dos autores em se verem publicados. Outra coisa que não gosto é da proliferação de «poetas»!!! Penso que é um legado do Camões (que detesto) e de sermos um povo muito saudosista, que tem a sina dos amores complicados.

 

Como está a correr a venda do primeiro livro? Pensa publicar mais?

Este último “Taras de Luanda” está a vender muiiiito bem. Vai ser publicada a II Edição em Angola, ainda este mês, com o reforço de um artigo do Pepetela.

Sim. Penso publicar os seguintes titulos:"Dias dados Como Doidos"; "Crónicas do Bar dos Canalhas" e "IV Diário Caótico d’um jovem português: Portugal cansa-me!".

 

Qual o(s) tema(s)  sobre os quais gosta mais de escrever?

Sátira. Tenho a «escola» canadiana que também usa muito a sátira e o humor intelectualizado. Gosto de me rir na dança das meias palavras. Dão-me sonhos para eu sonhar.

 

O que acha dos escritores nas redes sociais?

É uma saída, mas não há nada como o papel, o legado do papel. Tenho a certeza que esses escritores estarão de acordo comigo. Fazem-no nas redes sociais porque não têm outra saída. Mas fazem bem. O escritor, como o coração, é um caçador.

 

Que mensagem deixaria aos escritores que estão a começar?

Mas eu não sou ninguém que se leve a sério para deixar mensagens…posso é dizer a quem GOSTA de escrever que se dispersem mentalmente, que criem géneros, que se enfrasquem na imaginação e que não se deixem prender à escrita organizada, a língua, meus amigos, não tem regras.

Os saudosistas lusitanos usam as palavras para exprimirem todas as saudades que sentem de um tempo já passado. Já Eduardo Águaboa prefere a sátira para explicar o mundo em que vivemos.

 

 

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