Aquele meu sorriso bobo - por Adriana Freitas

AQUELE MEU SORRISO BOBO

            Três anos atrás fui diagnosticada com depressão. Aí lá veio remédios e terapias. Conselhos e opiniões de quem não entendia nada do assunto e muito menos o que eu estava sentindo.

            Remédios e terapias ajudam e em alguns momentos é necessário. Mas os efeitos colaterais não foram os melhores. Indisposição, aumento de peso... Aí você toma remédio porque está triste, depois fique triste porque perdeu a forma. E tudo vira uma bola de neve. E o que era para ajudar acaba atrapalhando.

            Há dois anos incorporei a corrida na minha rotina. Comecei aos poucos. Cansando muito. Coração acelerado. Mas sempre me estipulando metas. Nunca parando no meio do caminho. Dias mais rápidos e dias mais lentos. Continuei.

            E o resultado? Sem remédios, sem terapias. E como me sinto? Feliz a cada quilômetro percorrido. Feliz com as minhas metas cumpridas. Feliz somente. De bem com a vida e comigo mesmo.

            Na corrida encontrei o meu remédio perfeito. O meu equilíbrio. O meu corpo reage bem. Durmo melhor, alimento-me sem ansiedade. Sorrio com mais frequência. Entendo e percebo o meu corpo com mais facilidade. E quando eu corro... Ah como sou bem mais feliz!

 

 

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