Antonio Soares - Entrevistado

Antonio Soares - Entrevistado

por Shirley M. Cavalcante (SMC)

 

Nasci na cidade de Ibitinga – SP, há quase cinquenta e nove anos. Nunca tive condições (ou, sejamos francos, força de vontade) para completar estudos regularmente. Mas sempre gostei de ler. Daí, para querer escrever é um passo, mas eu achava que os escritores eram gênios, que tinham uma ideia, sentavam e escreviam e, no final, o livro estava pronto. Usando essa “metodologia”, depois de uns 20 livros começados e abandonados, percebi que nada tenho de gênio e desisti da ideia. Só há uns seis anos, graças à Internet – que disponibiliza informações para qualquer coisa – aprendi que para escrever é preciso uma técnica. E, então, consegui terminar o meu primeiro romance (já tinha escrito textos não ficção anteriormente). Mas, apesar de todos os esforços, não consegui uma editora para publicar meu livro e, considerando exorbitantes os preços cobrados por editoras pagas… resolvi produzir meus livros artesanalmente. Ficaram bons, e, daí, acabou nascendo uma “Editora Artesanal”, a Alfa do Cruzeiro, que operará nos moldes tradicionais, isto é, o autor não paga para ser publicado. Está engatinhando, mas vai aprender a andar. Escrevi 5 livros até hoje, sendo dois opinativos, um técnico, um romance de ficção especulativa e um livro excêntrico, onde pessoas de diversas religiões conversam sobre a Bíblia. Não sei qual seria o gênero disso.

 

“Meu objetivo foi tentar fazer com que uma multidão de pessoas que dizem “crer na Bíblia” percebam que crêem, na verdade, em DOUTRINAS baseadas na Bíblia. E essas doutrinas foram criadas por instituições, segundo interesses muito mundanos, nada divinos ou inspirados, como se supõe que a Bíblia tenha sido.”

 

Boa Leitura!

 

Divulga Escritor - Escritor Antônio Soares é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a participar do Festival de Literatura organizado pelo escritor Luiz Amato?

Antônio Soares - Eu tenho um sentimento de revolta sobre alguns aspectos da literatura atual e, quando vi a entrevista, respondi algumas perguntas por conta própria, tipo, “não fui convidado mas, se quiserem ler, aqui estão minhas respostas”. O Luiz viu isso, e me convidou, a quem agradeço.

 

Divulga Escritor - O que mais o encanta no evento?

 Antônio Soares - A possibilidade de conhecer outros escritores e trocar ideias sobre o processo de criação de livros.  Acho que falta muito isso. Os escritores iniciantes ficam trocando elogios mas não dividem suas experiências.

 

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Divulga Escritor - Em que momento pensou em escrever o seu primeiro livro solo?

Antônio Soares - Bem, escrevi primeiro o “Espiritismo Revisado”, seguido de “Prinípios da Doutrina da Graça”, mas não são livros literários, mas sim opinativos.  Como já contei em algum lugar, eu sempre quis escrever um livro, mas pensava que os autores eram gênios que sentavam, começavam a escrever e terminavam o livro pronto. Tentei várias vezes, mas sempre desistia.  Com o advento da Internet e divulgação de técnicas de escrita, percebi que não era bem assim. Aprendi um pouco e, estimulado por uma discussão numa sala de bate papo, me propus escrever um romance espírita, mas totalmente fictício. Daí, surgiu o “Segunda Maçã”.

 

Divulga Escritor - Que temas aborda nesta obra?

Antônio Soares -  Eu classifico o Segunda Maça como “ficção especulativa”,  nos moldes de Dan Brown com “Código Da Vinci” só que, ao invés de focar na doutrina católica, explorei a doutrina espírita. Você já se perguntou porque, se espíritos existem, nunca ofereceram uma prova conclusiva dessa existência?  Essa é a premissa que tentei responder, envolvendo numa história bastante complexa que envolve muitos aspectos do espiritismo em uma aventura com pitadas de humor, romance, ação e fantasia. 

 

Divulga Escritor - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de seu livro “Princípios da Doutrina da Graça”?

Antônio Soares - Bom, esse também é um livro opinativo. Eu me considero um “estudioso de religiões”, especialmente o cristianismo. Acontece que, ao meu ver, a Bíblia é o livro mais vendido do mundo... mas também o menos lido. Isso faz com que as doutrinas reinantes sejam uma verdadeira distorção forçada por interesses. Nesse livro, procuro mostrar que uma leitura simples da Bíblia seria suficiente para desmontar a maioria dos dogmas reinantes.

 

Divulga Escritor - O que mais o encanta em seu livro “A Segunda Maça”?

Antônio Soares - O resultado. Embora não tenha sido meu objetivo, o livro teve um efeito inesperado: muitos leitores me perguntaram se “sou médium” e se tudo aquilo era verdade.  Leitores desatentos, entretanto, porque no prólogo e introdução eu deixo muito claro que é uma obra fictícia.

 

Divulga Escritor - Você recentemente escreveu um livro sobre a Bíblia, em forma de diálogo, apresentando pontos de vistas de várias religiões, conte-nos como foi a construção de seu livro “Diálogos da Graça”?

Antônio Soares - O “Princípios da Doutrina da Graça” é um livro áspero, difícil de ler.  Só quem estiver profundamente interessado no assunto irá aguentar  as indispensáveis citações de versículos e comparações. Por esse formato, acredito que a venda foi pequena: eu não dava “chance” de argumentação para quem não concordasse com alguma coisa. Então, surgiu a ideia do “Diálogos”.  Comecei com dois rapazes dirigindo uma Fiorino de entregas em São Paulo, e se assombrando com a grandiosidade do “Templo de Salomão”, do Edir Macedo, e conversando a respeito. Aí, aproveitei para discutir a questão do “dízimo” em função do que a Bíblia realmente diz sobre isso.  E passei para outros tópicos, sempre envolvendo os dois rapazes. Mas chegou um momento em que eles já não eram suficientes para explorar outros aspectos. Então, criei um “velhinho” que surge do nada, miraculosamente, misteriosamente, e passa a conversar com eles, em um diálogo divertido e bem simples.  Mas também não foi suficiente. Então, fiz com que se juntasse um grupo: os dois rapazes, o velhinho, um pastor, uma moça espírita e um professor de filosofia, ateu.  Dá pra imaginar um grupo desses conversando sobre a Bíblia?
Mas, então, cheguei a um ponto em que eles também não eram suficientes: eu precisava de um “caso real” que fosse discutido pelo grupo. Aí, introduzi um último personagem, um ajudante daquele pastor que já citei e que cometeu um “pecado horrível”: como cada religião veria esse pecado? E a Bíblia, o que realmente diria sobre o assunto?

 

Divulga Escritor - Quais os seus objetivos ao escrever esta obra?

Antônio Soares - Tanto no “Princípios” quanto no “Diálogos” meu objetivo nunca foi fazer alguém ACREDITAR no que eu acredito, ou mudar formas de pensar. Meu objetivo foi tentar fazer com que uma multidão de pessoas que dizem “crer na Bíblia” percebam que crêem, na verdade, em DOUTRINAS baseadas na Bíblia. E essas doutrinas foram criadas por instituições, segundo interesses muito mundanos, nada divinos ou inspirados, como se supõe que a Bíblia tenha sido.

 

Divulga Escritor - Onde podemos comprar os seus livros?

Antônio Soares - Meus livros estão na loja da minha “Editora”: www.alfadocruzeiro.com.br

 

Divulga Escritor - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Antônio Soares. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Antônio Soares - Se os leitores são leitores, eu gostaria de dizer que não fiquem apenas nos livros da moda, vampiros, zumbis, romances hot e coisas do gênero. Reservem um tempo para ler livros clássicos, tanto brasileiros quanto estrangeiros.  Você pode até achar “chatos” no começo, mas acredite: no final, sempre compensará.

Se os leitores são escritores, especialmente aos iniciantes, eu gostaria de dizer que se você precisa procurar assuntos para escrever, você não irá muito longe.  Você precisa ter, em si, o que dizer... e dizer em forma de literatura.  Você tem uma opinião sobre algum assunto que considere importante? Expresse essa opinião! “Vista” sua opinião em uma história com personagens que, com circunstâncias, chegam à mesma conclusão que você.  E assim por diante. Só assim o seu livro terá realmente valor porque será um pedaço de você ligado à história.

 

 

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