Anaxágoras - por Maurício Duarte

Anaxágoras

 

            Para entender totalmente o desenvolvimento do sentimento teológico entre os gregos,é necessário registrar Anaxágoras, o grande pai de todas as teologias anti-panteísticas. O que os homens estão dizendo, hoje em dia, contra opanteísmo, foi dito com igual força por Anaxágoras e as partes mais vulneráveis da sua teologia são ainda defendidas pelos doutores da igreja como forma defendidas por esse velho grego. Ele não era um metafísico, mas um homem que acreditava nos seus sentidos e nunca tinha feito inquirições suficientes na natureza da razão para ser acometido por questões que tornaram perplexos Zeno e Parmênides. Porque ele deveria duvidar da realidade ou do mundo visível? Não estava tudo diante dos seus olhos? E por que ele deveria supor qualquer relação escondida entre a mente e a matéria? Não era a mente o princípio ativo e a matéria, a realidade passiva? Por que algum elemento material seria o primeiro ser e não a mente que estivesse regulando seu poder sob a matéria? Deus é mentee a matéria é alguma coisa arranjada por ele. Que teologia pode ser mais simples? No caminho de Anaxágoras não há questões de co-existência de um material finito e um infinito imaterial. Não concerne a ele, especulações aos atributos do tempo e do espaço. Porque deve um ser infinito diferir de um finito, exceto pelo fato de ser maior e por que, de outro modo, deve uma mente infinita ser diferente de uma mente finita? Deus fez o mundo como o homem fez uma máquina. Ele deu leis a isso e deixou as operações às leis, interferindo apenas quando necessita reparo. Na sua habitação, nas fronteiras do universo, ele contemplou o artefato e foi apresentado a ele como um homem é apresentado aos objetos que ele percebe pelos seus sentidos. Comparado com outros filósofosda escola Jônica, Aristóteles disse: “o filósofo de Clazomenae é como um homem sóbrio. Sócrates no entanto, não o estimava tanto assim. “Tendo um tempo, um dia” diz o filósofo, “leia um livro de Anaxágoras, que disse que a mente divina foi a causa de todas as coisas e desenhou todas as coisas em seus próprios níveis e classes, eu fui arrebatado de prazer. Eu percebi que nada é mais certo do que esse princípio de que a mente é a causa de todas as coisas.” Sócrates conseguiu os livros de Anaxágoras e começou a lê-los avidamente, mas ele parou quando viu suas esperanças desapontadas. “ O autor”, diz ele, “não faz uso da mente divina, mas coloca que a ordem e a beleza que permeiam o mundo são feitos por essa mente divina, o ar, o vento e outros agentes da natureza.”

            Aristóteles, também, em um estudo foi menos encorajador a respeito de Anaxágoras e corrigiu suas próprias visões, ficando próximo de Parmênides. Em tempos que vieram depois, a teologia de Anaxágoras desenvolveu-se nas escolas de Demócrito e Epicuro, que dispensaram a hipótese de mundo fazedor ou deixaram-na descansar na sua casa distante, repousando no silêncio em dignidade e poupando o mundo da sua interferência.

 

Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Anaxágoras

 

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