Alguns nunca vão - por Mauricio Duarte

Alguns nunca vão

 

É ditado popular: “Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha.”  E é de grande sabedoria porque só podemos ser ajudados, se nos ajudarmos em primeiro lugar. Deus quer nos auxiliar, mas o primeiro passo tem que ser dado por nós mesmos.  Poder-se-ia dizer, parafraseando Picasso quando diz: “A inspiração existe, mas que ela me encontre trabalhando”, que “A graça existe, mas que ela me encontre meditando.”

Mas algumas pessoas nunca dão esse primeiro passo... Por que será? Porque diariamente estão em contato e em sintonia com o consumismo desenfreado, porque estão em contato e em sintonia com um hedonismo exacerbado, porque estão em contato e em sintonia com a superficialidade exagerada.  Não há nada de mal em consumir, precisamos de objetos, serviços e benfeitorias o tempo todo e todo dia, mas a cupidez e a cobiça por mais e sempre mais em produtos, serviços e tudo o que pode ser adquirido, só leva à autodestruição.  Não há nada de mal em ser moderadamente hedonista; a individualidade é uma conquista e assim deve ser considerada, mas o querer o tempo inteiro “venha a nós e nada ao Vosso Reino” não é nada salutar, ao contrário, nos leva a um egoísmo sem medida.  Não há nada de mal em ter momentos de superficialidade, onde se quer leveza e contentamento com pequenas coisas, mas experimentar a superficialidade o tempo todo, só pode trazer ao indivíduo, uma vida vazia e sem sentido.

E por que digo diariamente?  Porque Deus nos oferece sua benção todos os dias e quem não a deseja, precisa recusá-la todo dia também.  A benção é infinita e incondicional.  Para ficar fora dela, é preciso negar a Deus e à profundidade divina, em consequência, todos os dias.

Mas algumas pessoas “não vão nunca à montanha”.  Nem que saibam desse amor e compreensão divinos.  Por isso é necessário que não se faça proselitismo ou propaganda religiosa em termos que extrapolam a boa convivência, em nome do Criador.  Porque Deus não força a porta da casa de cada um para entrar na vida de alguém.  Deus bate à porta e espera que ela seja aberta.  Se não for aberta, sempre haverá outro dia. 

Por outro lado, o apóstolo de Jesus Cristo, São Paulo, diz “Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho”. Essa frase também guarda sentido único e irrepreensível, onde está implícito que colheremos o que semearmos.  A colheita é obrigatória.  Portanto, que as nossas sementes sejam bem escolhidas e em terra boa para que, no futuro, haja frutos.  É preciso escolha e escolha certa, tanto de pessoas quanto de hora e lugar.  Procedendo assim, veremos que as oportunidades, para essa evangelização, tornar-se-ão sempre abundantes, porque é esse o desejo do Pai Eterno.

Nossas ações nos trazem o bem ou o mal e mais do que isso, não são as tragédias ou as felicidades que nos definem como pessoas de bem ou do mal, mas é o que fazemos com as nossas tragédias e as nossas felicidades que nos tornam figurantes ou protagonistas da nossa própria existência.  E até os que nunca vão até Deus, um dia irão perceber isso.  Paz e luz.

Mauricio Duarte

 

Referências eletrônicas e bibliográficas:

Renovação Carismática Católica .  Goiás . https://www.rccgoias.org.br/site/index.php/noticias/artigos/33-ai-de-mim-se-eu-nao-evangelizar

A arte da vida . Zygmunt Bauman . Editora Zahar . Rio de Janeiro . 2009

 

 

 

 

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